quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Estudante de Relações Públicas é chamada para estágio na Rede Globo


A estudante de Relações Públicas das Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil, Jordana de Melo, passou no processo seletivo para estagiar na maior empresa de comunicação do Brasil, a Rede Globo. Segundo Jordana, o processo foi demorado e exigiu muita paciência para enfrentar as seis etapas de seleção, que foi da analise do currículo a entrevista, passando por diferentes provas, incluindo línguas e redação.

“Apesar do cansaço dos testes, valeu a pena, pois estando na Rede Globo, as portas se abrem. Além disso, lá existe um plano de carreira e a possibilidade de crescer”, explica Jordana, que tem a torcida de toda a comunidade brasileira de relações públicas, para que obtenha sucesso na sua carreira dentro da rede.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

7 novas carreiras para você ganhar mais dinheiro


A Michael Page, consultoria de recrutamento especializado, acaba de divulgar uma relação com sete novas profissões para quem deseja ganhar mais no mercado de trabalho.

O estudo realizado em cinco países (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Brasil) traz novos cargos para os profissionais que atuam na área administrativa ou no segmento de criação, marketing, publicidade e propaganda. Os salários oferecidos podem chegar até R$ 45 mil.

“Tratam-se de profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. A perspectiva para os próximos anos é de ampliação no campo de trabalho desses cargos”, explica o presidente da Michael Page no Brasil, Paulo Pontes.

A relação com sete profissões encontra-se à seguir.

1. Gerente de treinamento do Varejo
Responsável pelo treinamento dos funcionários de cada ponto de venda da empresa. Antes, o costume era que a empresa adotasse um treinamento padrão para todos os funcionários que lidam com o público; hoje, considera-se mais produtivo contar com profissionais que elaboram programas específicos conforme as características dos consumidores locais. Salário médio: R$ 8 mil a 12 mil.

2. Gerente de Identidade Visual
Em redes varejistas, é encarregado de talhar cada ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. Ele define, por exemplo, a linha de produtos que deve ganhar destaque em determinada loja, a maneira como seus vendedores devem abordar a freguesia e as ações promocionais mais proveitosas. Deve, enfim, cunhar uma identidade para a loja ao mesmo tempo em que cuida para que ela não se sobreponha à imagem da marca nem entre em choque com ela. Salário médio: R$ 8 mil a R$ 12 mil.

3. Gerente de comunidade
Atua diretamente na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns on-line. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook se transformem em virais negativos na internet. Salário médio: R$ 7  mil a R$ 10 mil.

4. Gestor de reestruturação
Nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Embora grande parte dos gestores de reestruturação atue no setor bancário, há profissionais também dentro das companhias, com a missão de colocar a situação financeira da empresa nos eixos. Salário médio: R$ 14 mil a R$ 24 mil.

5. Gerente de projetos
Joga no meio de campo entre o departamento de TI e as demais áreas da empresa. Por um lado, ele leva as necessidades dos diferentes departamentos da companhia aos técnicos de sistemas da informação. No caminho inverso, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI. Como ele dialoga com grupos que muitas vezes não se entendem — tecniquês e juridiquês, por exemplo, são dois idiomas distintos —, a capacidade de comunicação é a sua principal característica. Salário médio: R$ 12 mil a R$ 20 mil.

6. Gerente de relações governamentais
É o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Sua área de atuação é vasta: inclui desde questões legais até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, muito conhecimento e aptidão para os meandros da burocracia — uma combinação difícil, que, quando preenchida com eficiência, pode levar aos mais altos salários entre aqueles oferecidos por essas novas profissões. Salário médio: R$ 12 mil a R$ 45 mil.

7. Gerente de marketing on-line
Elabora a estratégia de marketing de uma empresa nas mídias sociais, como Twitter e Facebook, de acordo com o público específico que se quer atingir e a rede social que se deve utilizar. Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais desse ramo já contam com experiência de até dez anos no currículo. No Brasil, o marketing on-line só agora começa a se expandir — daí a carênciade profissionais experientes nessa área. Salário médio: R$ 8 mil a R$ 15 mil.

terça-feira, 14 de agosto de 2012


Gerenciamento de crise em redes sociais


Se populariza muito nas Redes Sociais, principalmente no Twitter eYouTube, quando uma marca comete algum erro, não toma as providências cabíveis e o consumidor expõe a situação ao público. Isso repercute de tal forma que afeta a visão do consumidores para com a empresa, ferindo a marca da mesma, iniciando a partir daí uma Crise de Marca.
Nos últimos anos, as redes sociais além de ambientes de relacionamentos virtuais, tornaram-se palco de exposição de opiniões, tanto positivas quanto negativas sobre marcas, produtos e serviços.
Nesse contexto, cada vez mais as empresas devem estar atentas para gerenciar situações de exposição negativa nas redes, a fim de não prejudicar sua reputação online.
Ainda não há uma receita padrão para gerenciar uma crise nas mídias sociais. Mas especialistas identificaram atitudes que podem fortalecer a imagem de uma companhia nas mídias sociais ou minimizar o desgaste provocado por internautas à imagem de uma companhia.
Segue algumas dicas
Monitoramento 24 horas
Se uma empresa decide criar perfis em redes sociais, ela deve se preparar para administrar este canal de comunicação
Avaliar teor dos comentários
Nas redes sociais, nem todos os comentários têm algum tipo de fundamento. “Ao responder a afirmações sem legitimidade, a empresa poderá validar uma discussão sem sentido”,
Tentar reverter as críticas
Críticas leves podem ser avaliadas positivamente, pois geram exposição de uma marca. Algumas empresas fazem campanhas inusitadas para provocar intencionalmente uma polêmica, como fez a cervejaria Schincariol ao escolher a cantora Sandy como garota-propaganda para a marca Devassa.
Twitter não é SAC
Além das críticas a campanhas das empresas, muitos consumidores têm usado as redes sociaispara tornar pública sua insatisfação com produtos ou serviços. “Tentar solucionar questões individuais no Twitter ou no Facebook é um erro comum das empresas”,
Tirar a discussão da rede
As empresas não devem ignorar o cliente que reclama de falhas em produtos e serviços. Mas a resposta, preferencialmente, dever ser feita fora das redes sociais. As companhias podem formar uma equipe para identificar e contatar esses clientes por telefone ou email. A estratégia visa atender o cliente sem que o problema seja divulgado para outros consumidores que seguem a empresa nas mídias sociais.
Quando a empresa não localiza um contato do cliente, deve responder na própria rede social onde foi criticado. A recomendação é encaminhar uma mensagem sucinta, sem relatar o problema, com a indicação de um canal de atendimento para o cliente entrar em contato.
O problema é offline
Se o canal de atendimento ao consumidor da companhia for ineficiente, a eficácia de uma boa gestão das redes sociais é limitada. O cliente que reclama no SAC e não é bem atendido tende a voltar a usar as mídias sociais para dar continuidade à sua reclamação. Assim, a primeira lição é conquistar a eficiência offline.
Outro dicas Muito importante é o que foi publicado na Revista Exame o texto é antigo mais está mais atualizado do que nunca e serve perfeitamente para o cenário das redes sociais.

O QUE FAZER EM CASO DE CRISE


(Texto originalmente publicado na revista Exame, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 116-118, jan. 2000)
  • Calma. Prepare-se. Não saia falando sem saber de fato o que aconteceu. Declare que você irá se informar e voltará a falar. E volte.
  • Não tema. Fale. Se você não falar, alguém – o bombeiro, o faxineiro, a dona Maria – vai falar por você, só que não necessariamente a verdade.
  • Mentir, jamais. A mentira tem mesmo pernas curtas. E, quando alguém descobrir que você está mentindo, um dos últimos e o mais precioso recurso que lhe resta, a boa vontade da opinião pública, estará perdido. Daí para frente, nada mais importa: você será o culpado.
  • Assegure-se de estar sendo compreendido. Tudo é um problema de comunicação. Será que todos estão de fato entendendo e aceitando o que você está falando? Cuidado com termos técnicos e evasivos.
  • Não especule. Não brinque. Não subestime. Vai dar a impressão de que você é arrogante e age de má-fé.
  • Jamais diga “sem comentários” ou “nada a declarar”. Essas frases, antipáticas, dão a impressão de que você tem algo a esconder. São usadas por gente como políticos do narcotráfico e juízes corruptos. Nesse momento, tudo o que você não quer é ser associado a este tipo de figura.
  • Trate de ser identificado como crível, honesto. A imagem e a credibilidade, no momento de crise, são decisivos. O que vale é aquele dito popular sobre a mulher de César: não basta ser honesto, você tem de parecer honesto.
  • Publique um anúncio explicando a posição da empresa. Monitore a mídia e corrija erros. Monitore a reação dos diversos públicos afetados (clientes, acionistas, fornecedores, governo, ONGs, comunidade e público interno), e cuide de mantê-los bem informados.
  • Cuidado com sua postura na condução de uma crise. Mesmo que você tenha feito tudo na boa-fé, não se julgue perseguido pela imprensa, pelo governo, pela associação de consumidores, pelos ambientalistas e até por sua própria mãe. Isso não resolve. Agrava a situação. “Não é problema meu.”
  • Não tente se preservar. Se seu medo é perder o emprego, saiba que tocar a crise com competência, ao contrário, pode significar ganhar uma promoção. Por mais envolvido que você esteja, a questão não é pessoal. Menos envolvimento emocional facilita o raciocínio equilibrado.
  • Não ignore sinais de alerta. Resolva problemas potencialmente graves da primeira vez, antes de se tornarem crises.
  • Efeito avestruz não ajuda. O que você prefere: um fim horroroso ou um horror sem fim?
  • Ter razão em crises não significa vencer. A questão é de imagem e não apenas de leis.
  • Não se iluda. Uma pequena rachadura num dique pode significar catástrofe.Não negligencie seu público. Respeitados e bem informados, eles podem ser seus aliados.
  • Estude as possibilidades de crises no seu negócio. A pior crise é aquela para a qual não estamos nem um pouco preparados.
Um material muito bom sobre o assunto é o slide da Jornalista  Patricia Teixeira em sua palestra:

Gestão e Gerenciamento de Crise nas Redes Sociais


Conclusão

Uma Crise de Marca não é algo simples de se resolver. É necessário maturidade, disposição e muita coragem. O que se deve evitar é a ação em si e concertar pequenos pontos antes que a Crise de Marca se torne algo mais sério. Há pontos culturais nas empresas que contribuem para o acontecimento da crise, e para resolver estes pontos precisam ser acertados

Referências de Pesquisa


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Construindo uma carreira na comunicação

Bruno Garcia


Recentemente, tive a honra de participar da Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida (Secom UVA), no Rio de Janeiro. O contato com os estudantes e com o ambiente universitário é sempre muito rico e proveitoso. Diferente de quando faço palestras para outros públicos, como médicos, gestores etc., falar com pessoas da comunicação, sejam jornalistas, publicitários ou estudantes de marketing, sempre me deixa bem mais à vontade. E uma coisa que fica evidente entre os mais jovens é a angústia que enfrentam em relação ao futuro profissional e a carreira. A grande questão é se eles serão bem-sucedidos.

Embora a mídia e as publicações sobre carreira se esforcem ao máximo para construir uma imagem totalmente ilusória do profissional superbem-sucedido antes de completar 30 anos de idade, qualquer pessoa com um pouco mais de maturidade e experiência sabe que não é por aí que a banda toca. 

Construir uma carreira em comunicação exige tempo e maturação. Um jornalista em início de carreira (embora as empresas, por questões financeiras, apostem boa parte das fichas nele) jamais terá o nível de texto que um profissional com mais anos de estrada. No jornalismo, a experiência de vida conta (e muito).
 
Como um jornalista poderia produzir um bom texto para a editoria de economia, por exemplo, sem ter vivenciado de perto diversas passagens da nossa história recente? Na política então, nem se fala. Como um repórter sem experiência poderia compreender efetivamente os meandros da nossa política sem ter uma lista mínima de escândalos na sua bagagem profissional?

Ver, por exemplo, a âncora do SBT Brasil, Rachel Sheherazade tecendo comentários sobre diversos assuntos me causa certa estranheza. Não que ela não seja boa no que faz, mas não possui algo que é essencial na carreira de um comunicador: reputação, o que nos remete à questão da credibilidade. Andando um canal, vejo que na Band, quem comenta as notícias é Ricardo Boechat, assessorado por Joelmir Beting. Entre ver os comentários de Rachel no SBT e da dupla Boechat e Beting na Band, fico com os mais experientes, afinal me parecem que eles têm bem mais a acrescentar que a jovem aposta de Silvio Santos.

Na publicidade, efeito semelhante acontece. Embora o mercado seja quente e favoreça os jovens que entram nas agências com 'sangue nos olhos', existe um skill que só o tempo e as experiências profissionais podem construir. O profissional mais jovem pode estar mais atualizado e com mais energia para o trabalho. Mas a expertise de um profissional com mais tempo de estrada não se aprende lendo blogs ou se atualizando via Twitter. 

A experiência se conquista no dia a dia. Sim, nesse mesmo cotidiano que não gostamos de engolir, pois nada tem do glamour que envolve figuras midiáticas elencadas como pessoas 'de sucesso'. E não adianta querer pular esses degraus.  

Construir uma carreira na área de comunicação requer empenho, constante atualização e também experiência. Se você é jovem e já conquistou grandes coisas na sua carreira, parabéns. Mas precisamos entender que esta não é a regra e sim a exceção. E não podemos viver com base em exceções.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Caiu na rede: as empresas dão-se conta de que perderam o controle da comunicação sobre elas mesmas

Amália Safatle



Sem aviso prévio, as empresas dão-se conta de que perderam o controle da comunicação sobre elas mesmas. O privado virou público, os manuais se tornaram peças pré-históricas e o greenwashing já era. E agora?

A descoberta de capim no estômago de mamutes congelados na Sibéria indicaria que estes foram surpreendidos, em meio à refeição, por um abrupto fenômeno natural naqueles tempos pré-históricos. Essa mesma imagem é transposta para ilustrar um período mais atual que nunca: é assim que as empresas se sentem hoje, quando o assunto é a maneira como se comunicam e se relacionam com a sociedade.

Em plena transição para a pós-modernidade, o modo paquidérmico de se relacionar é assolado por mudanças implacáveis. Sem aviso prévio, as empresas dão-se conta de que não controlam mais a comunicação. Não detêm mais o enunciado sobre elas próprias. Os muros caíram, os reis ficaram nus e tudo isso foi parar nos facebooks da vida. E agora?

"Agora são tempos muito interessantes para a comunicação corporativa", diz Hélio Muniz Garcia, diretor de comunicação do McDonald's no Brasil. Nas entrevistas em off que os comunicadores de 11 grandes empresas concederam a um pesquisador, a aflição com os novos tempos se mostra mais patente, como dá para notar pela metáfora do mamute, citada por um dos respondentes.

"O pessoal está assustado, vendo que os conceitos mudaram e que a antiga fórmula de comunicar não dá mais certo. O que não sabem é como mudar as práticas, até porque percebem que as escolas ainda estão formando profissionais de relações públicas, propaganda e jornalismo nos moldes antigos", diz Rafael Luis Pompeia Gioielli, que trabalha no Instituto Votorantim e ouviu as companhias para municiar sua tese de doutorado.

Intitulada Empresas, Sociedade e Comunicação: debates e tendências na transição pós-moderna, a tese defendida na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP  recheia-se de exemplos para ilustrar como a era das redes revolucionou a comunicação, e por que comunicação não é mais passar uma mensagem nem convencer o receptor e, sim, fazer parte do processo de transformação daquilo que está a sua volta.


O greenwashing já era

Quando a Vale viu que aparecia em primeiro lugar no ranking de 'pior empresa do mundo' da premiação Public Eye Awards [Conhecido como o Nobel da vergonha corporativa mundial, criado pelas ONGs Greenpeace e Declaração de Berna, é concedido a empresas com graves passivos sociais e ambientais, por voto popular], a 'crise' foi gerida da forma mais equivocada. A área de comunicação abriu o acesso dos funcionários da companhia às redes sociais orientando que votassem na segunda colocada - a Tepco, responsável pelas usinas nucleares de Fukushima - de modo a escapar da "liderança". Mas os funcionários não só não votaram, como a informação, obviamente, vazou, fazendo com que a emenda ficasse pior que o soneto. E a Vale foi eleita em primeiro.

Segundo Gioielli, a orientação havia sido baseada na ideia antiga, verticalizada e funcionalista da comunicação, de que o emissor controla a informação e o receptor atenderia ao comando. "Mas as empresas não têm mais o poder que tinham. Sua imagem não é mais construída por elas mesmas, e, sim, por meio de um processo colaborativo, em rede", diz. Ele cita os exemplos da BP e da Chevron, em que os comunicados que atenuavam a gravidade dos vazamentos foram rapidamente confrontados e desmentidos pela informação on-line e viral das redes. "Acabou o greenwashing", afirma Gioielli. "O greenwashing já era", reforça um dos maiores estudiosos da sociedade em rede, Augusto de Franco.


Tem que participar

Não basta só emitir uma mensagem. Que o diga a construtora responsável por estádios da Copa do Mundo. A empresa mal podia imaginar a perturbação que causaria uma simples câmera instalada por um vizinho de um dos canteiros e plugada na web, registrando 24 horas por dia a obra que não avançava. Enquanto a empresa se perdia em reuniões com a equipe de comunicação para ver como gerir a crise, a filha do presidente-executivo da construtora - que sofria bullying dos colegas na escola, que cobravam a aceleração das obras - sugeriu que a empresa colocasse um 0800 para prestar as informações.

Foi daí que surgiu a ideia de a empresa criar um hotsite, pelo qual passou a ser possível a qualquer cidadão acompanhar on-line o andamento das obras - assim como fazia o vizinho 'bisbilhoteiro'. Só que, desta vez, a empresa passava a assumir o compromisso com a transparência - e precisava realmente de acelerar a construção, para ter o que mostrar. "Percebe como uma menina de 11 anos encontrou a solução para nos comunicarmos de forma adequada com a sociedade?", ressalta o diretor de comunicação da empresa, ouvido pelo pesquisador.

Mais que o surgimento de ideias e estratégias, produtos e serviços, essa nova dinâmica de diálogo propicia mudanças de comportamento e de cultura também na 'psique' organizacional, na opinião de Guilherme Patrus Mundim Pena, diretor de comunicação institucional da Copersucar.

Para ele, a área mais competente para lidar com essa nova demanda complexa é a de comunicação - mas não de forma isolada, pois a profusão dos meios e dos produtores de conteúdos também quebrou seu "monopólio da fala" dentro da instituição. "Nesse novo ambiente, a fala é cada vez mais transversal, interagindo com as áreas de TI, RH, marketing e também com o jurídico, sem falar na constante calibração estratégica com o alto-comando", diz.

Hélio Muniz, do McDonald's, lembra que pouco tempo atrás o alto-comando relacionava-se com a área de comunicação assim: "Escreve um press release e espera minha aprovação em uma semana". Mas, com a informação que flui praticamente livre e incontrolável pelas redes, não só a comunicação passa a ser feita de forma instantânea, em tempo real, como vem abrir um novíssimo capítulo na Teoria da Comunicação.

A grande crítica dos estudiosos da Escola de Frankfurt [Escola de teoria social interdisciplinar neomarxista, criada na década de 1920, associada à Universidade de Frankfurt] é que a chamada esfera pública midiática era mediada por veículos controlados por interesses privados, usando a comunicação como instrumento de dominação das massas, para fins específicos. Entre seus principais expoentes, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jürgen Habermas disseminaram expressões como 'indústria cultural' e 'cultura de massa'.

Essa importante discussão que permeia a grade curricular das escolas de comunicação desde o século XX agora deve ser revista com o advento das redes, que diluem o poder dos chamados "interesses privados". Aliás, o que é privado que ainda não se tornou público? Algumas escolas, como a ECA, até criaram disciplinas como Novas Mídias, mas, no entender de Gioielli, estas ainda não aprofundam o debate sobre a mudança estrutural que o advento da sociedade em rede traz à comunicação.


Novo contexto cultural 

Como um adolescente cheio de novas ideias e que não cabe mais nas roupas de criança, essa mudança do moderno (visão linear, cartesiana, verticalizada e insustentável) para o pós-moderno (visão complexa, multidimensional, horizontalizada e mais sustentável) provoca um choque cultural quando confrontada com as velhas e limitadas estruturas organizacionais.

"Tudo que é sustentável tem padrão de rede", afirma Franco, articulador da Escola de Redes. "A vida na Terra se organizou dessa forma, não tem hierarquias. O que é vivo tem membranas permeáveis, e não paredes." Somente de 6 mil anos para cá é que a civilização "inventou" a verticalidade, expressão na qual Franco remete não somente às construções arquitetônicas, como à hierarquia do patriarcado e do Estado. "São 3,9 milhões de anos [de expertise da natureza] desperdiçados."

Para Franco, estamos vivendo uma mudança cultural que questiona tudo isso e usou a tecnologia para acelerar o processo. "Se não houvesse esse desejo de mudança, a internet não seria usada para quebrar as hierarquias. Foi a mudança social que levou a esse uso da intenet, e não o contrário", defende.

Por isso, Gioielli afirma que não se trata de 'criminalizar' as empresas, que até então estavam apenas respondendo a um determinado modelo mental e cultural da sociedade. "Antes, por exemplo, a imagem de uma empresa admirável era a de uma chaminé soltando fumaça. O que mudou foi o entendimento da sociedade sobre ela mesma", diz.

Mas o efeito disso, diz Franco, é que hoje as empresas estão "malucas", porque são obrigadas a inovar, quando nasceram formatadas apenas para copiar e aperfeiçoar processos já conhecidos. Assim, querem ser inovadoras ao mesmo tempo que as pessoas ficam presas em cinco reuniões por dia, são proibidas de usar o Facebook na empresa e obrigadas a ir todos os dias bater cartão no mesmo horário para fazer coisas que poderiam fazer de outros lugares ou de casa. Isso se chama teletrabalho [Há uma expectativa de que o instrumento do teletrabalho passe a ser mais usado pelas empresas com a promulgação da Lei nº 12.551/2011, que regulamenta o trabalho à distância no Brasil], que permite mais mobilidade, flexibilidade, evita perda de tempo, emissões de carbono e desgates no deslocamento físico, aumentando a produtividade e a qualidade de vida.


Alta mortalidade

E Afora isso, Franco diz que há um entendimento equivocado do que é ser sustentável. No caso das empresas, acredita-se que signifique perpetuar o negócio. "Mas o que é sustentável não dura para sempre, e, sim, muda sempre". No livro Vida e Morte das Empresas na Sociedade em Rede, editado pela Escola de Redes, Franco registra um dado perturbador sobre a expectativa de vida média das empresas americanas, segundo a S&P500: de 75 anos, em 1937, caiu vertiginosamente para 15, em 2011. Se mantida essa curva, o que acontecerá com as empresas?

Ao mesmo tempo, existe uma alta natalidade, e não mais atrelada a acúmulo de dinheiro guardado e nem ao bom relacionamento com políticos - fatores que no passado eram cruciais para criar uma empresa. "Não se precisa mais de capital inicial, e sim saber inovar."
É na gerência média das empresas que Franco vê a menor receptividade à inovação. "São funcionários que desejam crescer na empresa usando o modelo conhecido." Não que o fortalecimento do status quo seja algo perseguido apenas no ambiente corporativo. "A rotatividade na alta chefia das ONGs é menor que no Partido Comunista", dispara Franco.

Em um vislumbre do futuro, ele enxerga as empresas como comunidades móveis de negócios, formada por redes de stakeholders. Tudo isso é uma revolução tanto na forma de se relacionar como de comunicar, interagir e transformar a realidade. Até porque, a esta altura, todas essas caixinhas já terão se fundido em uma só.


Comunicar crescimento e sustentabilidade?

Por ser considerada empresa benchmark em sustentabilidade, procuramos a Natura para abordar um ponto nevrálgico: a questão do consumo. Perguntamos como a empresa lida com o fato de que sustentabilidade pressupõe limites - ao consumo, ao uso de recursos e de energia, à geração de resíduos - mas ao mesmo tempo precisa comunicar ao mercado que é uma empresa em crescimento.

"Não existe só uma comunicação, existem muitas. Na comunicação com o mercado, com o acionista, preciso falar da continuidade, da perpetuação do negócio", diz Rodolfo Guttilla, diretor de assuntos corporativos da Natura. Ele afirma que não existe contradição entre comunicar sustentabilidade e crescimento simultaneamente se a empresa crescer em receita, mas não aumentar o uso de recursos, com ganho de produtividade e aumento de eficiência.

Questionado sobre os limites ao crescimento, considerando que já estamos usando um planeta e meio, Guttilla responde que a Natura tem como meta futura atingir um modo de produção craddle to craddle (do berço ao berço, ou seja, por meio de um ciclo fechado)  "Mas, mesmo em uma situação de ciclo fechado, existe um limite ao crescimento, que a gente não sabe qual é", admite.


domingo, 20 de maio de 2012

Comunicação corporativa: estratégias que vão além de momentos de crise

André Bürger, Christina Lima e Priscila Duarte


O fortalecimento do mercado de comunicação corporativa no Brasil dispõe de muitos caminhos. Um deles valoriza a união de seus membros por meio de entidades representativas como a Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom), que em abril completou 10 anos de atividades; a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp), que contribui com um viés mais acadêmico; e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), que organiza uma cobiçada premiação na área, o Prêmio Aberje.
Acreditamos que outra maneira valiosa de amadurecer o setor é fazendo as informações, as opiniões e o conhecimento de seus indivíduos circularem na web no formato de reportagens, entrevistas, vídeos, pesquisas e livros. Em quatro anos, o Nós da Comunicação abriu espaço para muitos e variados olhares.
A comunicação interna é a área da empresa responsável por promover e incentivar a fluidez das informações dentro da organização, criando uma conexão entre funcionários e, com isso, maior engajamento. Acompanhamos de perto as tendências do setor, além das preocupações de alguns profissionais. Em março, o gerente de comunicação na Unilever e professor universitário, Bruno Carramenha abordou os métodos de mensuração de resultados utilizados por algumas empresas e deu dicas sobre esse trabalho.  
     
Estivemos em eventos e cursos, como o de extensão em Comunicação Interna, promovido pela Fundação Getulio Vargas e ministrado pela jornalista Cristina Mello, ex-gerente de comunicação da Vale e a da BASF. As aulas produziram uma série de matérias, como o artigo de Lissandra Torres, que comentou a abordagem dada no curso aos canais de comunicação e redes sociais digitais. 
 
Também divulgamos pesquisas e publicações como o 'Mapa da Comunicação Brasileira 2011', uma análise realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, que estudou o perfil do comunicador contemporâneo e a área de comunicação interna nas empresas. O documento traz um panorama da evolução da comunicação organizacional e opiniões de 100 gestores de órgãos públicos brasileiros, empresas privadas nacionais e de capital estrangeiro. 
 
Na área Multimídia, consultamos profissionais em nosso programa 'Desenrola!'. Paulo Clemen, diretor de Atendimento e Planejamento da agência Casa do Cliente deu a sua definição para a questão: O que é Comunicação Interna? Já Virgínio Sanches, superintendente de comunicação corporativa da Unimed-Rio, respondeu à pergunta 'O que é comunicação estratégica?'.  Para discutir o ROI na Comunicação, convidamos Rafael Sampaio, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Gislaine Rossetti, diretora de Comunicação Corporativa da BASF, dá a sua definição para a comunicação corporativa.
   
É também nos momentos de crise que as organizações têm a possibilidade de solidificar sua imagem perante os públicos de interesse. São cenários únicos de construção ou reconstrução da marca que não podem ser desperdiçados. Em recente artigo, Carlos Victor Costa, diretor da consultoria de social media espanhola Territorio Creativo, citou a questão da transparência como característica fundamental na comunicação de uma organização, instituição ou mesmo personalidade pública.

O executivo deu como exemplo a recente viagem do rei Juan Carlos I da Espanha, que não foi comunicada oficialmente. A população do país e, do mundo, só tomou conhecimento de sua estadia na África, após um acidente enquanto caçava elefantes. Costa ressaltou ainda a falta de tato do monarca ao marcar uma viagem que gerou grandes despesas em um momento de crise e desemprego na Espanha.
Entretanto, estratégias de comunicação contra crises não devem ser elaboradas apenas para casos pontuais. Sandra Maia, autora do livro "O Negócio da Comunicação - Do conceito à ação" (Qualitymark, 2011), defende um trabalho de continuidade para a área, mesmo quando há mudanças na direção da empresa. Para a especialista em marketing, o tema está diretamente ligado ao planejamento estratégico da comunicação.
Além disso, como lembrou Carlos Parente, autor do livro 'Comunicação além do briefing' (Ed. Lazuli, 2011), é fundamental para uma organização estabelecer canais sólidos de relacionamento com todos os seus stakeholders. "É preciso estar ligado de forma integrada. A comunicação só tem sentido se estiver a favor de um direcionamento mais amplo. 

Como criar campanhas virais


Marketing viral

Em 1998 a expressão Marketing Viral ganhou oficialmente o título de palavra do momento. No entanto, hoje em dia, ainda muitas pessoas não sabem o que ela significa e como o efeito viral pode ser alcançado por empresas e empreendedores. Para se ter uma ideia do potencial do Marketing Viral, em apenas uma  década, do final dos anos 90 até o fim dos anos 2000,  a quantidade de dinheiro circulando em torno do marketing viral nos EUA, saltou de alguns milhões de dólares para alguns bilhões de dólares.
Mas, embora a expressão marketing viral seja nova, o conceito por detrás dela não é.   Todo bom vendedor no decorrer da história tem se beneficiado da propaganda viral ou publicidade viral. Ela não difere muito da ideia de um bom boca a boca.  Por exemplo, alguém compra um produto, fala sobre ele para seus amigos, que fazem o mesmo com os amigos deles que por sua vez contam para seus amigos e assim por diante. Desta forma o vendedor acaba ganhando um enorme mercado sem gastar absolutamente nada com o marketing tradicional.
Mas a característica mais atraente do marketing viral é a sua velocidade. Nos últimos anos esta velocidade tem sido aumentada como a expansão do acesso a internet que tem catalisado e acelerado todo o processo. Antes, talvez uma boa campanha levasse alguns meses para  se tornar viral, hoje precisamos apenas de alguns minutos para que a mesma coisa aconteça.
O exemplo mais marcante deste potencial foi a expansão quase que explosiva do provedor de emails hotmail no final dos anos 90.  Criado em 1996 por   Sabeer Bhatia e Jack Smith, o hotmail alcançou 20.000 usuários no fim de seu primeiro mês. Em menos de 2 anos o serviço de email que hoje pertence a microsoft tinha conquistado mais de 12 milhões de usuários e aumentava este número em mais de 100.000 novos usuários por dia.  A novidade em tudo isto era a mensagem no fim de cada email postado pelo usuário hotmail “Get your free email at Hotmail” (“Obtenha o seu e-mail gratuito no Hotmail”).  Mas de lá para cá, pesquisadores desvendaram alguns dos segredos do marketing viral e separaram  6 aspectos fundamentais para o sucesso.

Os 6 passos para criar campanhas de marketing viral

1. O criador da campanha precisa entregar algum produto ou serviço de forma gratuita;
2. Para se tornar viral, a mensagem precisa ser transmitida de uma forma simples, rápida e prática. Para isto, a regra é quanto menos cliques melhor;
3. A produção do produto indicado precisa ser flexível, ou seja, a oferta do produto precisa satisfazer a demanda. Isto porque se a demanda exceder a oferta do produto ou serviço, o efeito será destrutivo para quem iniciou a campanha;
4. A campanha deve ser baseada em ideias que motivam as pessoas, algo que elas buscam na vida – dinheiro, felicidade, sucesso, amizade e assim será mais fácil de ser aceita etc.
5. A campanha precisa encorajar os espectadores a distribuir a mensagem entre seus contatos e conhecidos;
6. É preciso usar os recursos controlados por outros produtores de conteúdo, como a inserção de links em outros sites, ou mesmo a criação de conteúdo que pode ser facilmente vinculado em outros sites como vídeo, audio, e programas, assim enquanto os outros divulgam o trabalho deles acabam divulgando o seu trabalho em contrapartida.

Qual a diferença entre viral marketing e marketing tradicional.

O marketing viral se diferencia do marketing tradicional em dois grandes aspectos. Eles são, baixo custo e a possibilidade de rastreamento. Embora outros aspectos como imprevisibilidade também sejam característica dele, é  a capacidade de medição da interação entre clientes a verdadeira revolução. Anteriormente era possível saber quantas pessoas viram um comercial ou escutaram um anúncio, mas não se podia quantificar quantas delas compartilharam com amigos, qual a velocidade em que ele ocorreu, ou mesmo, se este compartilhamento foi positivo ou negativo. Hoje, com o auxílio das mídias sociais, redes sociais e aplicativos específicos, é possível saber quem curtiu ou não determinada campanha praticamente em tempo real. Enquanto o marketing tradicional depende do impacto que causa nos espectadores, o marketing viral  explora o desejo de comunicar presente em cada cliente e o potencializa para atingir outros clientes.
Outro aspecto importante e diferencial entre os dois tipos de marketing é quem fala para quem. Enquanto no marketing tradicional o vendedor fala por meio da propaganda e a massa de clientes simplesmente escuta, lê ou assiste o conteúdo, no marketing viral o espectador é a figura mais importante. No marketing viral, O foco é na conexão entre os clientes, os vínculos de amizade, parceria e conhecimento compartilhados entre eles. Eles falam entre si, sobre o produto e sobre as suas experiências com o produto, e assim divulgam os dois. Mas, existem alguns cuidados a serem tomados na hora de criar uma campanha viral para se ter mais resultados.

Especialistas sugerem algumas dicas na hora de criar campanhas virais, separamos algumas das mais relevantes:

1. Não engane o seu público, seja criativo, inovador e atraente;
2. Marketing viral  é sinônimo de marketing pessoal, precisa ser simples e atraente. A ideia é capturar a atenção da audiência nos primeiros 10 segundos;
3. Não use linguagem propagandista, como as que vemos em anúncios, a peça precisa ser ser relevante para a audiência, valar sobre o que importa pra eles;
4. Procure fazer algo autêntico
5. Na falta de verba, uma opção é apelar para as boas e velhas parodias, elas sempre funcionam e atraem a atenção.
6. O marketing Viral, é Ideal para produtos consumidos por impulso, sendo mais difícil de ser aplicado quando o objeto é muito caro, como: um carro, uma casa, etc.

Marketing viral não é spam

É bom não confundir marketing viral com spam. Os dois sistemas são bem diferentes e geram resultados bem diferentes também. Enquanto o spam é simplesmente uma mensagem enviada para milhões de pessoas. O Marketing para ser Viral precisa estar conectado a um serviço ou produto que o espectador pode testar ou provar. Isto porque as Pessoas enviam para suas conexões coisas que eles acreditam irão interessar e capturar a atenção deles. Um dos problemas nesta área, que dificulta a distinção entre marketing viral e spam é quando empresas pagam seus clientes para compartilhar publicidade entre amigos.”Envie para os seus amigos e ganhe um desconto de X R$” “Ganhe dinheiro enviando email, são apenas alguns exemplos”. Assim, está prática acaba dificultando a distinção entre estes dois  sistemas.

quarta-feira, 16 de maio de 2012


Qualquer empresa deve ter Facebook e Twitter?


Marcelo Vitorino 
Estrategista em comunicação digital na Talk Interactive
Escreve em seu blog “Presença Online”.



Que a internet é um meio de uso universal e indiscriminado não há o que discutir, ninguém é impedido de estar presente de qual forma desejar. Não há restrições para abrir um perfil em ferramentas como Twitter, Facebook ou um blog no Wordpress. Claro que todas tem lá suas políticas, mas salvo em casos de abuso ou que incidam em comportamento criminoso, qualquer pessoa ou empresa pode ter seu espaço. Mas fica a dúvida: qualquer empresa deve, necessariamente, estar presente? A resposta para essa questão se dá através de análise de alguns pontos cruciais, são eles:
Maturidade
Estar presente significa, de certo modo, estar exposto. A exposição traz à marca ou empresa, ônus e bônus, dependendo da forma com que as críticas, sugestões e elogios são encarados. Todos gostam de elogios, alguns apreciam sugestões, mas raramente surge aquele que aprende com as críticas. É preciso ter muita maturidade para tirar proveito delas e também com as respostas que serão dadas.
Competência
Como em qualquer outro meio, o digital também precisa de uma análise franca quanto a competência dos envolvidos no comando dos canais. Ter uma equipe própria ou terceirizar o controle do canais não é um problema, desde que, se tenha todo o cuidado na escolha, no treinamento (quando interno) e nas diretrizes que a empresa deseja.

Os profissionais escolhidos devem ser orientados quanto a forma e modo, contudo, mais do que entender das ferramentas, devem estar aptos para se relacionar com pessoas em todos os estados emocionais e de diferentes níveis culturais.
Visão
Se a empresa tem como visão que a internet nada mais é do que uma forma de gastar recursos, não faz o menor sentido realizar investimentos. As ferramentas digitais nada mais são do que um meio para algo, se visto de outra forma, qualquer investimento não será nada mais do que mais uma despesa. Ter um perfil no twitter serve para pesquisar, informar, disseminar e se relacionar. Quando bem trabalhados os canais podem ajudar na retenção de consumidores insatisfeitos, na captação de novos e na construção de valor agregado para os atuais.
Planejamento
Ao abrir uma fanpage no Facebook ou um perfil no Twitter suponho que você tenha algo a dizer para o mundo. E não acredito que seja “Vendo Monza 92. 4 Portas” ou “Acabei de pedir uma pizza para o pessoal do escritório”.

Planejar o conteúdo com antecedência impede que problemas aconteçam. Recomendo estudar o calendário de atividades que interessa ao público consumidor, misturar com conteúdo propositivo e também com o que interessa à empresa, claro. Convém estipular dias e horários para publicação e forma de abordagem aos temas. Também é necessário pensar na informação como uma história a ser contada, com etapas definidas. Recomendo planejar detalhadamente os próximos 30 dias de operação e de grosso modo, os próximos 6 meses.
Metodologia
Estabelecer o relacionamento através dos canais é o resultado de um trabalho árduo que exige dedicação e metodologia. Se o canal não é tratado com a seriedade que precisa, não será levado a sério pelos espectadores.

Ao adentrar esse mundo a empresa deve estar ciente de que a operação deve seguir um padrão contínuo, basicamente definido em: pesquisa, produção, publicação, interação, monitoramento.
Qualquer empresa deve ter Facebook ou Twitter?
Respondendo de forma simples, não. Recomendo somente para aquelas que entendem o processo da comunicação, têm estrutura para trabalhar os canais, têm visão de investimento, se planejam e têm metodologia estruturada.

Não é a atividade da empresa que determina a sua presença online, tanto faz se é uma padaria ou um fabricante multinacional de automóveis, o principal é entender que não existe almoço grátis.